sábado, dezembro 27, 2003

20 mil mortos podem valer dois jogos em campo neutro
Terramoto no Irão foi provocado por claque do Boavista

O terramoto que matou ontem pelo menos 20 mil pessoas na cidade histórica de Bam, no Irão, foi provocado pelos Panteras Negras, claque de apoio ao Boavista. O clube portuense poderá ser castigado pela Liga de Clubes com dois jogos em terreno neutro.

A GNR, em colaboração com a Interpol, estava já à procura de pistas que levassem às verdadeiras causas por trás da tragédia, quando a direcção do Boavista anunciou ter recebido um fax a reivindicar a autoria do terramoto. "A gente exigimos a demissão do presidente João Loureiro da presidência do Boavista-olê-olê", lia-se no fax assinado por Vicente Semal, um dos líderes da claque "axadrezada".

Acusados de se comportarem nas bancadas da mesma forma que os jogadores do Boavista o fazem dentro de campo, os Panteras Negras viajaram até ao Irão, tendo escolhido a cidade de Bam para ensaiar uma nova versão do seu cântico "E quem não sarrafa não é sarrafeiro", batendo continuamente com as cabeças no chão. "O impacto de centenas de encéfalos de alta rigidez provocou uma onda de choque que atingiu os 6,3 na escala de Richter", confirmou o ministro do Interior iraniano, Abdolvahed Mousavi Lari, em declarações exclusivas ao PsicoTapa. O terramoto terá provocado mais de 20 mil mortos e cerca de 50 mil feridos.

João Loureiro desdramatiza

"A atitude dos adeptos é compreensível, já que a equipa tem feito uns resultados menos bons. Mas o futebol também é feito disso e não podemos levar a sério alguns torcedores mais exaltados", desdramatizou João Loureiro, em declarações à CNN. "Só uma catástrofe me fará demitir da presidencia do clube", garantiu.

Descontentes com os últimos resultados do Boavista, os adeptos entraram em ruptura com a direcção quando Loureiro anunciou que a equipa não seria reforçada com a contratação do avançado holandês Ruud van Nistelrooij ao Manchester United, de Inglaterra.

As razões que levaram os Panteras Negras a escolherem a cidade de Bam para a retaliação não são claras, mas a GNR acredita numa relação com o nome da antiga banda de rock em que Loureiro era o vocalista: os Ban.

Cantor planeia digressão pelo Brasil e CIA teme ondas de choque
EUA elevam nível de alerta contra músicas de Pedro Abrunhosa

O cantor Pedro Abrunhosa está a planear uma digressão ao Brasil para promover o seu mais recente trabalho, “Palco”. Temendo as ondas de choque do novo álbum do autor de “Diabo no Corpo (Dueto com Lenine)”, “Diabo no Corpo (Deep Radio Mix)” e “Diabo no Corpo (Big Bit Radio Mix)”, a Casa Branca já elevou o nível de alerta para a cor da gravata usada por George W. Bush no dia da sua tomada de posse.

Depois de o líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden, ter derrubado as torres gémeas do World Trade Center com dois aviões, Pedro Abrunhosa prepara-se agora para atacar o Brasil com três álbuns, todos gravados ao vivo porque o cantor cumpre um castigo de cinco anos imposto pela Associação dos Proprietários de Estúdios de Gravação na sequência do álbum “Momento”.

“Vai ser um teste difícil à nossa segurança. Se conseguirmos convencer as autoridades mexicanas a colaborar connosco, talvez tenhamos uma hipótese de não sermos afectados, mas sabemos que será uma tarefa complicada”, disse ao PsicoTapa um agente secreto da CIA que pediu anonimato para poder continuar a contar aos amigos que é agente secreto da CIA.

Abrunhosa – que juntamente com um balão de meteorologia é apontado como uma das explicações plausíveis para o alegado aparecimento de seres extraterrestres em Roswell – é perigoso tanto a nível vocal como lírico. Segundo a CIA, a letra de “Tudo o que eu te dou” tem sido utilizada pela Al-Qaeda para extrair confissões a elementos pró-americanos da polícia iraquiana. “Quando ouvem ‘tu me dás a mim’ ficam loucos”, revelou Delaney.

Para se perceber a dimensão do terror que invade os responsáveis norte-americanos, recorde-se que a Administração Bush aponta como exemplos da alegada crueldade do antigo regime de Saddam Hussein o ataque com armas químicas à aldeia de Halabja, em 1988 - que provocou a morte a cinco mil cidadãos do seu próprio país -, e um festival de karaoke só com músicas de Pedro Abrunhosa, em 1997, numa outra aldeia curda.

Em resposta a estas acusações, Saddam Hussein afirmou, em Novembro de 2002, numa entrevista à Al-Jazira: "Admito que mandei gasear cidadãos do meu próprio país, mas nunca organizei festivais de karaoke com músicas do Abrunhosa. Uma coisa é dizerem que eu torturo as pessoas antes de as matar, geralmente com requintes de malvadez; outra, que eu não admito, é fazerem de mim uma besta desumana sem um pingo de compaixão!".

Apesar dos esforços da Administração Bush para que a voz de Abrunhosa seja incluída na lista das armas de destruição em massa, a Agência Internacional de Energia Atómica tem-se mostrado relutante em castigar ainda mais a indústria musical portuguesa, preferindo esperar pelo fim dos GNR e dos Delfins.

domingo, dezembro 21, 2003

Assassino que chocou Inglaterra ganha recurso
Huntley com pena reduzida para metade

Do nosso enviado especial no Cambridgeshire
Vostradeis


Ian Huntley, condenado a prisão perpétua pelo assassínio de duas meninas em Soham, no Cambridgeshire (Inglaterra), terá a sua pena reduzida para metade, ou seja: meia eternidade.

A defesa do "assassino de Soham" apresentou um recurso no tribunal de Old Bailey, baseado em argumentos que foram aceites como atenuantes pelo juiz Martins dos Santos, do Porto. O principal foi o facto de as vítimas envergarem camisolas do Manchester United quando foram mortas.

A decisão de reduzir a pena de Huntley para prisão meio-perpétua levantou a revolta popular entre a população de Edimburgo, na Escócia, com várias associações a juntarem-se numa excursão que as levou até Cambridge, onde se manifestaram atirando pickles contra os estudantes universitários. "Quem mata duas meninas também é capaz de usar sapatos de cores diferentes e isso não podemos tolerar", explicou Emma Lucas, líder do movimento Viúvas Raivosas e Gaiteiras de Edimburgo Mesmo (ViRGEM).

Os técnicos e dirigentes do Manchester United afirmaram, em conferência de imprensa, que se sentem "constantemente prejudicados pelas arbitragens do senhor Martins dos Santos". "Ainda assim, insistem em nomeá-lo para estes jogos importantes", queixou-se o treinador Alex Ferguson.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Descoberta fraude
Saddam era Manuel Subtil

O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, capturado no sábado pelas forças norte-americanas, afinal não passava de Manuel Subtil, o cidadão português que se celebrizou há três anos, quando se trancou numa casa de banho da RTP, em Lisboa, gritando que ia mandar tudo pelos ares. A verdadeira identidade de Saddam foi descoberta após um exame de fezes.

Os testes desmentiram o exame à urina realizado previamente, que sugeria que Saddam Hussein era Barbas, o carismático adepto benfiquista que sempre aparece em tempo de eleições, assim como o exame à dentição, segundo o qual o ex-líder iraquiano era a sua própria mãe. Os exames de DNA, por sua vez, indicavam que Saddam Hussein poderia ser o filho bastardo de Karl Marx com uma esfregona.

A descoberta veio confirmar a tese de alguns analistas que já tinham suspeitado da subtileza com que Saddam actua política e militarmente. Prova disso é o facto de nunca terem sido encontradas as armas de destruição em massa que se suspeitava estarem a ser escondidas no Iraque. Até agora, as acuradas buscas apenas se saldaram por meia dúzia de pistolas de destruição em arroz e uma granada de destruição em batatas fritas.

Em 2001, Subtil entrou no WC da RTP armado com TNT. "Quero justiça! Oh, Jesus! Oh, Nossa Senhora! Oh, Nanismo! Pela alma da minha mãe, quero justiça! Quero morrer!", gritava quando se trancou na casa de banho com a sua mulher e filha, ameaçando matá-las por asfixia, defecando a dobrada com grão que alegadamente comera ao almoço. Subtil, que acusava a RTP de o ter arruinado com uma reportagem, acabou por se render na sequência de um primeiro flato, após o qual nem ele próprio conseguiu permanecer na casa de banho.

quinta-feira, dezembro 11, 2003

Alemanha e Irlanda negam interesse
Irão oferece desconto por turistas raptados

O Irão pediu à Alemanha e à Irlanda para que não paguem o resgate pelos três cidadãos raptados no Sudeste do país, afirmou o ministro da Informação, Ali Yunessi, em declarações à imprensa. Yunessi avançou que Teerão está em condições de oferecer o mesmo número de reféns por um preço muito mais baixo do que o pedido pelos raptores, mas as autoridades dos países europeus dizem não estarem interessadas.

«Os turistas sequestrados deslocaram-se a regiões onde não deviam ter ido e ainda por cima cheiravam mal dos pés», disse o ministro. «Estamos a fazer todos os possíveis para raptar outros três de qualidade superior, que pretendemos oferecer à Alemanha e Irlanda por metade do preço», acrescentou Yunessi. «Por isso, pedimos aos governos alemão e irlandês que não paguem aos raptores e traficantes».

As autoridades de Berlim e Dublin já negaram interesse na proposta do Irão, que consideram uma brincadeira de mau gosto. «A oferta do Governo iraniano é caricata, uma ofensa inaceitável para toda a União Europeia», considera o chanceler alemão Gerhard Schroeder. «Até porque podemos conseguir reféns bastante mais baratos na China», explicou, justificando a decisão de esperar pela época de saldos.

Os dois alemães e o seu companheiro irlandês foram capturados na semana passada numa estrada entre as cidades de Bam e Zahedan, quando se dedicavam ao ciclo-turismo. Os três cidadãos europeus foram mantidos reféns como represália por se terem recusado a andar de marcha-atrás nas suas bicicletas a entoar em simultâneo o hino da Liga dos Campeões, contrariando assim os conselhos de grande prudência dados aos viajantes que vão para o Ondequistão, a província iraniana menos segura para os turistas estrangeiros que não sabem andar de bicicleta às arrecuas a cantar o tema da competição mais importante da Europa a nível de clubes.

segunda-feira, dezembro 01, 2003

"E outros resíduos industriais perigosos"
Souselas quer co-incinerar Victor Hugo Salgado

A Junta de Freguesia de Souselas quer retomar o processo de co-incineração para poder queimar o presidente da Associação Académica de Coimbra, Victor Hugo Salgado, "e mais dois ou três resíduos industriais perigosos".

A junta baseia a sua pretensão nas Convenções de Genebra, que condenam a prática de actos bárbaros como a tortura, o genocídio, as minas anti-pessoais e o uso do mesmo traje académico por mais de dois dias consecutivos.

Segundo um estudo da Universidade Nova de Lisboa, qualquer presidente da Associação Académica de Coimbra “é 10 a 15 por cento mais tóxico do que os restantes líderes estudantis portugueses”, constituindo um dos factores mais determinantes para o aumento dos níveis de poluição na região centro, depois das descargas das suiniculturas de Leiria e da passagem de Pedro Santana Lopes pela presidência da câmara da Figueira da Foz.

"O problema é naturalmente agravado pelo facto de estarmos a falar de Coimbra, onde por vezes se registam temperaturas superiores a 40 graus centígrados", explica a ambientalista Maria Gomes. Para esta especialista, o traje académico de Victor Hugo Salgado pode, por si só, ser motivo suficiente para accionar o alerta de poluição. "Nesse caso aconselhamos todas as pessoas a usarem máscaras anti-gás e a passarem a mão direita pelo cabelo enquanto dão vivas à memória de Kurt Cobain".

Mas a tese de Maria Gomes não é consensual. "Há algumas hipóteses formuladas, mas o aumento dos níveis de poluição na região centro continua a ser um dos factos mais intrigantes do mundo moderno, mais enigmático ainda do que os discursos de Jorge Sampaio e as letras dos GNR", afirma o cientista Pedro Mourão, da Universidade do Algarve.

Quem é Victor Hugo Salgado?

Victor Hugo Salgado começou por cursar História de Arte, mas cedo descobriu que elogiar as instalações dos novos artistas portugueses não era a única forma de enganar pessoas, tendo pedido transferência para o curso de Direito. Sete anos depois, continua convencido de que tomou a decisão certa.

Profundamente humanista e defensor do direito de qualquer cidadão a um julgamento justo, à sua mudança de rumo não terá sido alheio o exemplo de advogados como Garcia Pereira e uma preocupante tendência para responder "Titanic" à pergunta "Como se chama a mais conhecida obra de Leonardo Da Vinci".